Com o resultado o CMCB obtém o melhor desempenho do ano entre as
escolas da rede pública estadual e municipal de Fortaleza. Além disso,
só com as condecorações desta edição, o colégio supera em 30% o total de
medalhas que havia conquistado nas oito edições anteriores da
competição organizada pela Agência Espacial Brasileira.
Aos
12 anos, Samuel Lima da Silva pode não se destacar pela estatura, mas
os sonhos, esses transcendem o firmamento: “Quero ser astronauta!”, fala
sem titubear. No que depender do desempenho dele na 20ª edição da
Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), a meta pode não estar tão
distante assim. Com a nota 9,35, em sua segunda participação na
olimpíada, o aluno, que cursa o 7° Ano do Ensino Fundamental no CMCB,
foi um dos quatro medalhistas de ouro da escola neste ano. “O sonho de
ser astronauta me faz pensar nos limites da vida. Até agora, o que se
sabe é que apenas a Terra abriga vida. A astronomia me ajuda a
compreender a grandeza do espaço e a pequenez da Terra comparada a ele.
Ou seja, se a Terra é minúscula, tem sim chance de ter vida em outros
objetos espaciais”, explica.
Os alunos do CMCB participam da OBA desde 2009. De lá para cá, à exceção do ano de 2013, sempre houve pelo menos um medalhista da escola na competição. Mas os resultados deste ano representam uma curva substancialmente fora da média. “Até hoje, vínhamos numa média de três medalhas por ano. As 34 medalhas desta edição representam um desempenho mais de 1100% superior a essa média e são consequência de um trabalho diferenciado que teve início em 2016 na escola e agora começa a dar frutos”, explica o primeiro-tenente João Romário Fernandes Filho, professor de Astronomia do CMCB.
Desde
2009, os alunos interessados tinham aulas em horários extras, como
sábado pela manhã, voltadas para a Olimpíada. Por se tratar de uma
atividade extracurricular, fosse por dificuldade de ir até o colégio aos
finais de semana, fosse por mero desinteresse, a adesão dos alunos era
relativamente baixa. No ano passado, porém, graças à iniciativa do então
coordenador pedagógico do CMCB, tenente-coronel Francisco Albert
Einstein Lima Arruda, a Astronomia tornou-se uma disciplina curricular
no 8º Ano do Ensino Fundamental. “Queríamos colocar os alunos do Ensino
Fundamental em contato com a Astronomia logo antes do momento em que
eles começassem a estudar Física, para que o interesse despertado pelo
estudo do Universo os motivasse a enfrentar a Física sem preconceito,
com vontade real de aprender”, revela o oficial.
Inicialmente, o material didático utilizado baseava-se num livreto de perguntas e respostas sobre o tema produzido pelo Instituto Federal do Ceará. Em 2017, o tenente Romário, que é especialista em Ensino de Astronomia, optou por produzir um material próprio, especificamente baseado no programa da OBA, nível 3, e elaborado em linguagem voltada para os alunos do Ensino Fundamental II, que são os participantes deste nível. “Decidimos fazer com que o primeiro bimestre da disciplina, que passou do 8º para o 7º ano, fosse totalmente direcionado para a OBA. Foi uma forma de estabelecer uma meta de trabalho e colocá-la como um desafio para todos os alunos da série”, explica o tenente Romário.
Inicialmente, o material didático utilizado baseava-se num livreto de perguntas e respostas sobre o tema produzido pelo Instituto Federal do Ceará. Em 2017, o tenente Romário, que é especialista em Ensino de Astronomia, optou por produzir um material próprio, especificamente baseado no programa da OBA, nível 3, e elaborado em linguagem voltada para os alunos do Ensino Fundamental II, que são os participantes deste nível. “Decidimos fazer com que o primeiro bimestre da disciplina, que passou do 8º para o 7º ano, fosse totalmente direcionado para a OBA. Foi uma forma de estabelecer uma meta de trabalho e colocá-la como um desafio para todos os alunos da série”, explica o tenente Romário.
Além
de 26 alunos do 7º ano, que estudam regularmente Astronomia, há entre
os medalhistas do CMCB outros oito alunos das demais séries do
Fundamental II, que, mesmo sem ter tido aulas formais de Astronomia,
estudaram por conta própria. “Eu estudei principalmente através dos
materiais enviados pelo professor e, durante as tardes pré-prova, à
medida que terminava um assunto ia resolver os TDs de revisão, além
das pesquisas que eu fazia constantemente”, explica o aluno Rennan
Gabriel Ferreira Ribeiro, do 8º ano, que ganhou medalha de prata em sua
primeira participação na OBA.
Astronomia para a comunidade
No último dia 21 de agosto, por ocasião
do eclipse parcial do Sol, uma equipe composta por professor, monitores e
alunos doCMCB montou uma estrutura especial na escola para garantir ao
máximo de participantes a possibilidade de contemplar a ocultação
gradual do Sol pela Lua. Dispostos em cinco pontos de apoio, dez alunos
medalhistas da OBA ficaram responsáveis por esclarecer o público sobre o
fenômeno e também por distribuir filtros especiais de observação. Cada
pessoa podia ficar até três minutos com o instrumento em mãos para
observar o Sol, devolvendo-o em seguida, de forma que outro pudesse
fazer a observação. Cerca de 200 pessoas participaram do “observaço”.
A OBA
Distribuída
em quatro níveis - 1 (do 1º ao 3º anos do EF), 2 (4º e 5º anos do EF), 3
(do 6º ao 9º anos do EF) e 4 (do 1º ao 3º anos do EM) - a competição
visa a popularizar o conhecimento e fomentar a prática pedagógica nesse
campo, estimulando o interesse dos estudantes pela ciência. As provas
são compostas por dez perguntas: sete de astronomia e três de
astronáutica. No nível 1, as questões são mais simples, envolvendo, por
exemplo, indicar numa lista de opções que objeto celeste está mais perto
da Terra entre desenhos do Sol, da Lua e de outros planetas. As
perguntas, no entanto, vão aumentando em complexidade e dificuldade à
medida que os níveis avançam na escolaridade até o nível 4, em que os
alunos do ensino médio devem mostrar um conhecimento mais aprofundado
sobre Astronomia, envolvendo Física e Matemática.
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